MEMÓRIA OLFATIVA – AROMAS E LEMBRANÇAS
Você já deve ter sentido um cheiro que lhe fez lembrar uma pessoa ou situação vivida. Isso é memória olfativa.
A mágica é que a percepção do olfato não é padronizada, pois um cheiro pode ser prazeroso para uma pessoa e desagradável para outra.
De acordo com a otorrinolaringologista Tatiana Abdo, de São Paulo, a função olfativa do ser humano tem papel fundamental, embora seja considerada rudimentar quando comparada à de outros animais. “A memória olfativa é uma característica tanto fisiológica quanto psicológica. As fibras do nervo olfatório fazem conexões com áreas do cérebro responsáveis pelos processos de sentir cheiro, gosto, comportamento alimentar e sexual”, diz Tatiana.
O olfato é o primeiro órgão dos sentidos a se desenvolver embriologicamente.
Segundo uma pesquisa realizada pela psicóloga experimental Niélsy Bergamasco, de São Paulo, as percepções sensoriais do embrião começam a se desenvolver a partir da sétima semana de gestação. “O líquido amniótico passa pelas células receptoras e recebe estímulos. Desde o útero, já há experiências olfativas e digestivas, entre outras”, explica a especialista.
Por isso, logo após o nascimento as crianças já têm suas preferências. “Fiz um estudo com recém-nascidos de 43 horas de vida. Ao apresentar-lhes alguns odores, eles já mostraram suas preferências”, acrescenta Niélsy.
Fonte – MBPress