Os truques do varejo para vender mais

No gogó ou com softwares que monitoram as expressões do consumidor, conheça as ferramentas dos varejistas para fisgar clientes

As vendas no varejo brasileiro aparentam ganhar força e surpreenderam em abril com alta.

Nesse cenário, mais do que nunca, os varejistas apostam em investimentos em Marketing. Seguem algumas das táticas:

Por tempo limitado

Em certas lojas, principalmente nas de departamentos, quando é preciso vender algum produto específico, é comum que um funcionário grite para chamar a atenção das pessoas: “O produto X baixou, de R$ 80 para R$ 25. E tem poucas peças.” Isso ativa a lei do contraste e da escassez nos consumidores. A ideia da escassez do produto é um mecanismo poderoso de venda, porque o anúncio informando quando a venda terminará age como um dispositivo de compra imediata.

Preço psicológico

A diferença entre o preço quebrado e o preço redondo é irrisória, mas seu efeito causa no cliente um impacto psíquico. Um produto, por exemplo, custa R$ 99,99. O consumidor passa a vê-lo por “noventa e nove” reais, reduzindo a rejeição inicial caso ele custasse cem reais. Esse primeiro valor percebido é importante para que o consumidor passe a considerar os atributos de um determinado serviço ou produto.

Embalagem menor, compra maior

Será mais fácil gastar menos dinheiro e beber menos cerveja se você comprar latas menores e mais baratas, certo? Não. Pesquisas apontam que a compra de múltiplas unidades de pequenos tamanhos pode levar as pessoas a consumirem mais.

Categorização

Consumidores gostam que produtos desconhecidos sejam categorizados —mesmo que as categorias não façam muito sentido. Em um estudo da Stanford University com diferentes cafés, ficou evidente que as pessoas ficam mais satisfeitas comprando de seleções categorizadas, não importando se elas marcadas simplesmente como A, B e C, ou “suave”, “forte” e “achocolatado”.

 Marketing olfativo

Uma das técnicas mais sofisticadas do marketing sensorial, capaz de estimular e transmitir valores aproveitando o sentido do olfato, que é o sentidos com maior impacto na memória. Os americanos foram os primeiros a fazer do aroma um aliado, usando-o para manter os apostadores mais tempo diante das mesas de jogos nos cassinos de Las Vegas, nos experimentos o neurologista conseguiu aumentar em mais de 50% o volume de apostas.

No Brasil, a Pioneira e líder neste nicho de mercado foi a Cheiro Bom – https://cheirobom.com.br/ com experiencia de 20 anos no desenvolvimento de aromatização profissional para os mais diversos ramos, que vão desde lojas, shopping centers, bancos, clinicas, consultórios, academias, escritórios, Hotéis, Hospitais…

Para que o Marketing Olfativo seja um projeto de sucesso, são necessários 3 pilares principais: Aromatizadores profissionais e automáticos, uma fragrância voltada para o perfil dos clientes a serem alcançados (público alvo) e uma empresa prestadora de serviço profissional e com expertise que tenha uma equipe de técnicos especializados que façam a manutenção mensal nos aromatizadores.

Aromatizar os ambientas comerciais, vem sendo vital para estratégia de Marketing de muitas empresas, ajudando no fortalecimento de marca, conquista de novos clientes, incremento no número de vendas e fidelização.

Movimento atrai movimento

Quando um estabelecimento está sem movimento algum, as pessoas ficam inibidas de entrar porque o local não se mostra convidativo. Nessas horas, os próprios vendedores, bem treinados, geram o movimento dentro da loja, simplesmente dobrando roupas e colocando-as nas araras, por exemplo.

Promotores

Estabelecimentos que comercializam produtos multimarcas mesclam, geralmente, sua equipe de vendas com promotores ou consultores que representam alguma das marcas que o local oferece. Muitas vezes, o consumidor não percebe a diferença entre eles. O promotor é usado como uma ferramenta de vendas forte para escoar os produtos, porque ele entende muito bem sobre o que vende. Existem promotores éticos que se adaptam ao perfil e às necessidades do consumidor, abertos a oferecer outras marcas, caso a que represente não supra as necessidades do cliente.

Contador de fluxo

Um aparelho colocado discretamente na entrada da loja conta a quantidade de pessoas que entram para medir a taxa de conversão do estabelecimento —se entraram 100 pessoas, por exemplo, e 10 compraram, a taxa de conversão é de 10%. Esse resultado ajuda a empresa a traçar suas próximas estratégias para aumentar o faturamento. Hoje, o contador de fluxo está mais moderno e com mais dados. Ele também mede a quantidade de pessoas que passam em frente ao estabelecimento. Isso ajuda a saber se o estabelecimento está atraindo um número coerente de pessoas para dentro. Se o cliente entrar com o celular ligado, o aparelho rastreia o sinal do aparelho, o que ajuda a contabilizar quantas vezes o mesmo cliente retornou à loja, e se comprou.

Big Brother

Softwares que examinam os movimentos dos compradores e suas expressões faciais estão sendo cada vez mais usados pelos grandes varejistas. É possível notar surpresa, insatisfação, confusão ou hesitação por parte do consumidor. Quando um cliente, caminha até o final de um corredor apenas para devolver um livro, por exemplo, o software discretamente envia a informação aos funcionários da livraria, que podem tentar recuperar aquela venda.

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Marketing do olfato cresce e está em cartões-postais do Rio

Shoppings, hotéis, hospitais e lojas conhecidas tem fragrâncias próprias

RIO – Alguns cheiros e lugares que são inseparáveis. Pipoca e cinema, cloro e piscina, incenso e feira hippie, gasolina e posto de gasolina. Isto posto, veja se consegue ligar o seguinte perfume a um conhecido cenário carioca: “Notas amadeiradas que possuem suavidade elevada e sofisticação, combinadas com alecrim, bergamota, limão e mandarina.” Bem, esta é a descrição olfativa da fragrância exclusiva Folhas do Brasil, desde 2015 produzida pela empresa Cheiro Bom para o Shopping RioSul, em Botafogo. O objetivo é borrifar pelos corredores do centro comercial “a refrescância das folhas verdes e madeiras” e criar “um ambiente fresco, vívido e harmonioso”, que “convida para entrar e faz você se sentir bem-vindo”.

É uma viagem. E é o que se chama de marketing olfativo, nome nada charmoso para a arte de traduzir em fragrância a identidade de uma marca — e, com sorte, ganhar seus clientes pelo nariz.

O conceito surgiu nos Estados Unidos, chegou ao Brasil nos anos 2000, e hoje está no ar de conhecidíssimos endereços cariocas, como a lojas Renner, Lojas Torra Torra, Havainnas. O conceito também é aplicado a ambientes que, na teoria, não fedem nem cheiram, como hospitais e escritórios. E saiba: o cheiro da padaria pode não ser de pão, mas essência de baunilha.

Não funciona com todo mundo. No próprio RioSul, a empresária americana Stephanie Miller, de férias no Rio, racionaliza:

— Senti o perfume quando entrei. Se é para dar um clima tropical, deu certo.

RioSul. Fragrância do shopping é de notas amadeiradas com folhas verdes – Fernando Lemos / Agência O Globo

Os cassinos de Las Vegas foram os primeiros a farejar os benefícios do marketing olfativo, ainda nos anos 1990, conta Sue Phillips, fundadora da Scenterprises (trocadilho com scent, “perfume”, e enterprise, “empreendimento”). De Nova York, a empresária que já trabalhou com Lancôme, Tiffany e Burberry conta por e-mail que o objetivo inicial era atenuar o mau cheiro do cigarro dos apostadores. Mas logo os perfumes acabaram se tornando “a cara” dos cassinos, estimulado inclusive a permanência dos clientes.

Como todo grande cassino de Las Vegas também é um hotel, o perfume customizado se espalhou naturalmente de um ambiente para o outro, chegando a grandes redes internacionais.

Os alquimistas da mercadologia do olfato se fiam em pesquisas que garantem a influência de certas fragrâncias sobre o cérebro humano. Dizem estudos que o perfume certo pode projetar familiaridade em um apartamento à venda, fazer o tempo passar mais rápido no banco e até convencer você de que suou mais na academia. Verdade ou não, segundo estimativas da Scenterprises, é um mercado global de US$ 200 milhões, que cresce 10% ao ano.

Não há estimativas para o Brasil, mas o setor conta com várias empresas nas maiores capitais. A Cheiro Bom, de São Paulo, atende desde grandes lojas de departamento como a Renner (descrição olfativa: “toque fresco e leve, combina acordes florais e cítricos”) a hospitais como o Albert Einsten (“delicada fragrância que relembra a infância”). Yasmin Esperanza, gerente de marketing da Cheiro Bom, é filha dos fundadores Ricardo e Lilian. Ela comenta:

— Nasci no meio de perfumes e adoro andar perfumada. Acho que todo mundo que trabalha com isso acaba ficando cheiroso também.

Clientes menores podem optar por fragrâncias preexistentes no portfólio das empresas. Tanto lojas de chocolates quanto cafeterias costumam recorrer a um aroma de chocolate. Padarias também se perfumam — é conhecido o caso de uma rede de supermercados gaúcha cujo setor de pães é sucesso não pela farinha ou pelo fermento, mas pela instigante essência de baunilha.

Não é de hoje a união de marcas e fragrâncias no mundo da moda — no início do século XX, o estilista francês Paul Poiret já borrifava suas coleções. Hoje, o cheiro das grifes é um passaporte para a alta-costura: você não sabe quando vai poder comprar um Dior ou um Armani, mas um perfume até que rola.

Com o advento da identidade olfativa, a loja inteira ganhou cheiro — compondo, com decoração e trilha sonora, a experiência total do marketing sensorial. Na onda de Abercrombie & Fitch e Zara, marcas cariocas seguiram a tendência.

— Cerca de 80% das compras são emocionais, e boa parte dessa emoção vem do olfato. É uma maneira de forjar um vínculo, acariciar o consumidor.

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Como introduzir o Marketing Olfativo em sua empresa?

Para aderir é essencial definir o cheiro que será característico da marca, respeitando os valores da empresa junto ao seu público alvo. Em seguida, vem a aplicação estratégica.

É de conhecimento geral que o Marketing vem se tornando fundamental na busca de melhores resultados comerciais e ampliação de perspectivas de negócio inovadoras. A novidade é que temos no Brasil o Marketing Olfativo, que busca ganhar a preferência do público pelo sentido do olfato. Essa ferramenta, não tão nova assim, atrai pelos aromas associados à marcas, serviços e produtos. Mas, então, qual é o cheiro da sua marca?

Para aderir ao Marketing olfativo é essencial definir o cheiro que será característico da marca, respeitando os valores da empresa junto ao seu público alvo. Em seguida, definir a aplicação estratégica do aroma junto a uma consultoria especializada a fim de alcançar os melhores resultados.

É importante frisar que o Marketing sensorial de experiências proporciona resultados a curto, médio e longo prazo. Além de influenciar no momento da compra, a fidelização do aroma à marca, criando um vinculo com o cliente, é conquistada com o passar do tempo. Mas o seu ambiente é propício para vendas?

Outro ponto interessante é o ambiente. Mesmo que os produtos estejam em embalagens completamente fechadas, ainda é possível despertar o interesse olfativo de seu público valendo-se de ferramentas estratégicas de marketing sensorial e venda.

Nesse sentido, empresas que trabalham com produtos feitos na hora possuem vantagem. Estudos apontam que padarias que passaram a exalar o cheirinho de pão fresco e outros assados nos seus espaços comerciais tiveram um aumento de 60% no volume de vendas.

O cliente muitas vezes chega com pressa, querendo apenas comprar algo rápido, mas quando se deixa envolver pelo cheiro de determinados alimentos e tem seus sentidos despertados, não hesita em consumir mais que o planejado inicialmente.

Diante disso, observamos que nosso apetite pode ser aguçado diante de aromas agradáveis. Em caso de lanchonetes e similares, é válido buscar que seus clientes consumam no próprio ambiente. Assim, o cliente tende a ficar mais tempo exposto aos cheiros do local e, consequentemente, além de criar um vínculo ainda mais forte com a marca, são induzidos a consumir mais.

Aromas que Vendem
Segundo estudos recentes, 83% das formas de propaganda possuem apelo predominantemente visual e auditivo. Sendo assim, observa-se uma grande deficiência nas abordagens com apelos sensoriais olfativos. Adotar essa estratégia de venda é um diferencial na busca pela atração e fidelização do público.

Os Estados Unidos e o Japão, países pioneiros na aplicação do Marketing olfativo, são as nações que mais têm investido na busca de conquistar o público através dos aromas. Diante disso, têm alcançado resultados positivos – até mesmo salas para a aula de música são trabalhadas com foco na fragrância que irão adotar.

O exemplo mais conhecido é o cheiro característico de carro novo. Muitas concessionárias valem-se do aroma associado a este conceito no momento de fidelizar a venda, explorando um recurso sensorial disponível neste ramo específico. Em cada segmento é primordial buscar as ferramentas disponíveis no momento de conquistar o consumidor.

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